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A responsabilidade de ensinar para jovens e adolescentes


As perguntas que têm incomodado muitos líderes, tanto da Escola Dominical como dos respectivos departamentos, são: Como anda a vida espiritual dos nossos jovens e adolescentes? E qual tem sido o comprometimento dessa turma com a Palavra de Deus e com a igreja?


Por se tratar de um grupo fortemente atacado e insistentemente seduzido, produzir e manter a fé nessa idade não é fácil. O fracasso em competir por sua atenção e devoção diante da diversidade de conteúdos e entretenimento disponíveis hoje vem desanimando pais e educadores. Cada vez mais, jovens e adolescentes estão abandonando a igreja e, pior, a fé. E as desculpas – ou, quem sabe, motivos reais – merecem o nosso olhar.


Segundo uma pesquisa realizada pela Barna Group, uma empresa de pesquisas cristã evangélica da Califórnia, 35% dos jovens entrevistados afirmaram que, não obstante os cristãos serem extremamente confiantes sobre terem respostas para as indagações juvenis, as suas respostas costumam ser vagas. Outros 29% veem a igreja em falta de sintonia com a ciência e 25% dizem que o Cristianismo é anti-ciência. Quando o assunto é Criação x Evolução, 23% afirmam o fracasso no debate. Por fim, 59% temem procurar a igreja para sanar questões vitais, essenciais e intelectuais sobre a vida e a fé e 18% afirmaram: “A minha fé não tem ajudado com a depressão e outros problemas emocionais”. A pesquisa afirma ainda que a minimização dessa problemática por parte dos responsáveis tem causado grande frustração e, por consequência, a descrença.


David Kinnaman, responsável pela pesquisa, destaca essa situação como um grande desafio a ser superado. Jovens estão abandonando suas igrejas porque elas não conseguem ajudá-los a pensar e a responder questões difíceis e também prepará-los para expressarem sua fé.


Quem se responsabilizará por esse êxodo de jovens e adolescentes? A família? A igreja? Numa época em que o provimento para o crescimento espiritual tem sido terceirizado, a igreja com seus departamentos de educação cristã desdobram-se para suprir essa demanda.


A família, como principal fonte provedora, encontra-se enfraquecida, despreparada e desmotivada, e a preocupação da igreja não é pouca em preencher essa lacuna. Pais responsáveis, que cumprem os deveres do ensino, admoestação e cuidado concernente à vida espiritual dos filhos, tentam resistir aos sopros furiosos de ideologias e militâncias enquanto que outros sucumbem aos ataques. Nessa guerra, a família descontextualizada e inerte aos avanços das gerações, composta por genitores com abordagens arcaicas, pouco conhecimento bíblico e alienados aos assuntos atuais, assistem aflitos e sem esperanças os filhos se afastarem de Deus.


Nessa guerra, a família descontextualizada e inerte aos avanços das gerações, composta por genitores com abordagens arcaicas, pouco conhecimento bíblico e alienados aos assuntos atuais, assistem aflitos e sem esperanças os filhos se afastarem de Deus.


A importância da família na preservação da fé e dos valores é indiscutível. Essa estrutura base chamada “Lar” precisa estar com seu “modus operandi” intocado e completamente adequado à Palavra de Deus. A Bíblia revela a família como instituição de valor inestimável e responsabilidades determinadas por Deus. É na família que o ser humano tem sua identidade construída e seu crescimento efetivado.


Este é um pequeno trecho do artigo A responsabilidade de ensinar para jovens e adolescentes publicado na revista Ensinador Cristão nº 88.



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